A Operação
Deslinde resultou na prisão de um empresário tido como proprietário de um dos
maiores grupos supermercadistas do município de Posse, no nordeste goiano.
O
empreendimento fraudava a fiscalização tributária por meio da emissão de cupons
ao consumidor final em desacordo com a legislação, além de utilizar ‘laranjas’
no quadro societário dos supermercados.
Também foram
cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos comerciais
e residência do suspeito de liderar o esquema de sonegação. A ação realizada
por auditores fiscais da Secretaria de Estado da Economia e policiais civis da
Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) também resultou na
apreensão de documentos e extratos de bancos de dados do grupo empresarial,
além de armas de fogo.
De acordo
com o delegado Regional de Fiscalização de Formosa, que abarca o município de
Posse, o auditor fiscal Sergimar Soares técnicos da Receita Estadual fizeram
intervenção nos sistemas informatizados dos supermercados que revelou, numa
amostragem dos últimos 6 dias de movimento, mais de cinco mil operações de
venda sem a emissão do regular cupom fiscal, indicando uma sonegação média
perto de 60% do faturamento real dos estabelecimentos.
Autuação milionária
Os bancos de
dados dos estabelecimentos foram copiados e autenticados em procedimento
fiscal, cuja análise detalhada será realizada pelo fisco que, tendo por base a
amostragem inicial, projeta autuação perto de R$ 10 milhões entre impostos e
multas. Pouco mais de R$ 1 milhão já foi objeto de autuação no mesmo dia da
operação por conta do flagrante realizado pelo fisco, de acordo com o delegado
Regional de Formosa.
Além de
crime de sonegação, os responsáveis pela fraude responderão pelos crimes de
falsidade ideológica e associação criminosa, informou a delegada da DOT,
Fabiana Mancuso. Ela também analisa a possibilidade de requerer a conversão da
prisão provisória em preventiva.
Fonte: Opção