O rompimento
de uma represa em Pontalina, no estado de Goiás, na manhã deste sábado (4),
deixou a população assustada. Segundo o tenente Matos, do Corpo de Bombeiros
Militar, dois setores da cidade - o Bujuí e o Alegretinho - tiveram comprometimento.
A informação
de que uma pessoa havia sido carregada pela água chegou a ser divulgada via
aplicativo de mensagens, mas o tenente explicou que até o momento está
descartada a existência de vítimas. "Até então, é especulação",
disse.
Apesar de
descartar possibilidade no momento, o tenente explicou que a equipe continua
apurando possíveis vítimas e as circunstâncias do rompimento. "É uma
abrangência muito grande", disse.
A represa
que rompeu fica na Fazenda São Lourenço, há cerca de um quilômetro da cidade.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente da cidade, Fabiana Borges, os dois
bairros atingidos pela represa ficam próximos ao Córrego Mateiro, que margeia a
cidade. Os problemas enfrentados no restante da cidade, segundo ela, são relativos
ao alto volume de chuva, que começou na madrugada deste sábado (4).
Vereador da
cidade, Professor Wemerson Vieira relata que esta represa e o lago municipal se
uniram devido a quantidade de água. “Chove forte desde 3 horas da manhã e até
agora não parou. Temos um grupo no WhatsApp e estamos orientando as pessoas a
saírem de casa para evitar uma tragédia”, explica. Há muitos relatos de animais
que foram levados pela água.
A ponte da
GO-215, que liga a cidade a Goiânia, chegou a ser interditada, mas o trecho já
foi liberado. Uma árvore que impedia o acesso dos motoristas foi retirada.
Continua interditada, entretanto, a ponte que liga a Pontalina a Aloândia. O
tenente Matos disse que visualmente foi possível perceber um assoreamento na
base da estrutura. Agora, de acordo com ele, o Corpo de Bombeiros aguarda a
avaliação de técnico da Goinfra para liberar a ponte.
Energia,
água e esgoto
Com o
rompimento, moradores de Pontalina ficaram sem abastecimento de água e energia
elétrica. Em nota, a Enel Distribuição Goiás informou que 100 moradores estão
sem fornecimento de energia. De acordo com a empresa, equipes de atendimento
emergencial foram encaminhadas para prestar apoio à região. Ainda segundo nota,
técnicos estão enfrentando dificuldades de deslocamento devido à situação da
cidade.
No caso da
Saneamento de Goiás S/A (Saneago), por causa da forte e constante chuva, a área
de captação de água da companhia ficou inundada, com motores e outros
equipamentos submersos a cinco metros de profundidade. Em nota, a empresa afirmou que por isso o sistema de
abastecimento de água foi paralisado. "Técnicos aguardam a diminuição do
volume de água para, então, avaliar a condição de todos os equipamentos e
executar os reparos necessários para a normalização do sistema", informou.
Somado a
isso, com o rompimento da represa na Fazenda São Lourenço, houve transtornos no
sistema de esgotamento sanitário. De acordo com a Saneago, a "estação
elevatória final de esgoto e poços de visita foram danificados, podendo
ocasionar extravasamentos no município". "Uma força tarefa está
monitorando, atentamente, a situação dos sistemas de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário", afirmou a companhia.
Fonte: O
Popular