Com o
objetivo de levar mais benefícios em infraestrutura hídrica para a Região
Nordeste do Estado, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Seapa), coordena o projeto de engenharia de
recuperação da Barragem Paranã, localizada na divisa dos municípios de Formosa
e São João d’Aliança, região denominada Vão do Paranã.
A obra foi
construída com o intuito de fomentar a produção agrícola irrigada na região,
que é considerada a mais carente do Estado. Ao todo, a barragem conta com 1.650
metros de extensão de aterro e uma capacidade de armazenamento de 195 milhões
de metros cúbicos de água. Anualmente, a estrutura atende 13 mil hectares com
cultivo de arroz irrigado, o que representa mais de 80% da produção goiana.
Para
garantia da segurança, a barragem pertence ao Estado de Goiás e está sob gestão
da Seapa, que hoje possui apoio técnico da Companhia de Desenvolvimento dos
Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), empresa pública brasileira,
destinada ao fomento do progresso das regiões ribeirinhas dos rios São
Francisco e Parnaíba e de seus afluentes.
Mais
estrutura
O sistema é
composto, ainda, pela Barragem Porteira, que já foi construída e possui
capacidade de armazenamento de 30 milhões de metros cúbicos. Para compor o
sistema, será construída uma terceira estrutura, a Barragem Extrema, que terá
capacidade de armazenamento de 95 milhões de metros cúbicos.
"O
Governo de Goiás entende a necessidade de levar infraestrutura para todas as
regiões do Estado, contribuindo para a ampliação da produção agropecuária
goiana. É papel do governo criar políticas públicas que apoiem os produtores e,
ao mesmo tempo, gere renda e desenvolvimento para as famílias goianas",
afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de
Souza Lima Neto.
O Governo de
Goiás já desenvolve também Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental (EVTEA) para a criação de um Arranjo Produtivo Local (APL) de
Fruticultura na região, o que beneficiará mais de quatro mil famílias que se
encontram assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), divididos em mais de 10 assentamentos.
Benefícios
As
estruturas são fundamentais para garantir a produção por meio da agricultura
irrigada na região e também propiciar a piscicultura. Neste ano, iniciou-se a
produção de tilápia, pintado e surubim em 10 hectares de tanque escavado na
Barragem Porteira.
"A atividade
iniciou neste ano e a expectativa é que haja uma ampliação entre outros
assentados. As barragens contribuem significativamente para incrementar a
produção local e com a finalização das novas etapas do sistema, beneficiarão
muitas outras famílias da região", afirma o superintendente de Engenharia
Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Vale lembrar
que tanto a barragem Porteira quanto a Paranã fazem parte do projeto de
irrigação de Flores de Goiás, que cobre uma área de 13 mil hectares de lavoura
de arroz irrigados, consorciados com pecuária de corte, além de soja irrigada e
milho, junto a produtores e famílias assentadas nos municípios de Flores de
Goiás, Formosa e São João d'Aliança.
As barragens são responsáveis pelo armazenamento e distribuição da água necessária para a condução das atividades agropecuárias do projeto. A iniciativa busca levar infraestrutura hidroagrícola para a região Nordeste de Goiás, viabilizando a produção irrigada com melhoria da economia da região, considerada uma das mais carentes do Estado.