Os pacientes
diagnosticados com quadro grave da covid-19 de várias cidades do Nordeste
Goiano, vivem o drama da espera por um leito de UTI.
O sistema de
saúde do estado está praticamente em colapso após explosão de internações
provocada pela cepa do novo coronavírus.
Hospitais do
estado estão abarrotados de pacientes, na rede privada também não há vagas para
leito de UTIs. Em situação desesperadora, parentes buscam a justiça ou até
mesmo políticos e pessoas influentes para tentar conseguir vaga em UTI.
Na extensa
fila por tratamento, há quase 200 pacientes em Goiás à espera de vaga em UTI,
última alternativa dos médicos para salvar a vida de pessoas que travam uma
severa luta contra os efeitos da doença.
Nos últimos
dias acompanhamos de perto o drama de famílias da região na corrida por uma
vaga de UTI para pacientes em estado grave.
Em Campos
Belos, pacientes já morreram a espera de vaga na UTI de algum hospital de campanha
do estado. Em Monte Alegre, na semana passada uma mulher morreu aguardando uma
vaga.
Em São Domingos,
uma família vive uma agonia, um casal de idosos contraiu a doença, os dois
precisaram de UTI, um deles conseguiu no hospital de Itumbiara, mas acabou não
resistindo e vindo a óbito, o outro ainda continua aguardando uma vaga.
Em
Divinópolis, um paciente que contraiu o vírus, não conseguiu vaga na rede
pública e, após mobilização conseguiu em um hospital particular.
Em Mambaí,
neste final de semana uma mulher morreu quando estava sendo removida para o
hospital de campanha. A vaga demorou sair.
Em Posse, Alvorada,
Flores, Iaciara, Nova Roma e todos os outros municípios, a situação não é diferente,
quem precisa de vaga, tem que esperar na extensa fila da regulação.
Essa agonia
por vaga está em todo estado de Goiás e também por todo Brasil. Por trás de
cada atendimento e internação, existem histórias de dor e sofrimento, além da
angustia vivida especialmente por quem aguarda a recuperação de um ente querido
ou amigo.