Uma
fiscalização realizada por auditores-fiscais do Trabalho, do Ministério da
Economia, resgatou 12 trabalhadores que viviam em condições análogas à
escravidão no Distrito Federal e em Goiás, na última semana. O resultado da
ação foi divulgado nesta sexta-feira (2).
A
força-tarefa, realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a
Polícia Federal, encontrou seis trabalhadores em uma empresa de produção de
hortaliças em Vicente Pires, no DF. O local fica a cerca de 20 km da Praça dos
Três Poderes, em Brasília.
Segundo a
equipe de resgate, o empregador produzia agrotóxicos sem conhecimento técnico e
deixava a substância exposta, o que trazia riscos à saúde e à segurança dos
trabalhadores. Além disso, os fiscais relataram que os funcionários estavam em
"condições precárias de alojamento", com fiações expostas, sem água
potável para beber e apenas um deles tinha a carteira de trabalho assinada.
Em Alto
Paraíso de Goiás, uma carvoaria também foi alvo da força-tarefa. Segundo a
equipe de fiscalização, no local, eles não tinham banheiro e, em caso, de
necessidade, precisavam ir até o mato. Além disso, não havia equipamentos de
segurança para a realização do trabalho.
Os
dormitórios estavam em condições precárias, segundo a fiscalização, sem
armários para que os funcionários da carvoaria guardassem os pertences. A
parede do imóvel também não tinha vedação e permitia a entrada de insetos.
O nome dos
empregadores e das empresas almo da ação não foi divulgado. Os responsáveis
pelos dois locais foram autuados e devem pagar, ao todo, R$ 44,9 mil de verbas
salariais e rescisórias aos trabalhadores.
Nos dois
casos, a equipe de fiscalização também determinou a interdição das atividades e
a imediata retirada dos trabalhadores, que foram alojados em outro local, com
melhores condições.
Fonte: G1